Planos de saúde serão obrigados a cobrir implante anticoncepcional Implanon

A partir de 1º de setembro de 2025, todos os planos de saúde no Brasil serão obrigados a cobrir o implante anticoncepcional Implanon para mulheres entre 18 e 49 anos. A decisão foi aprovada pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e marca um avanço importante no acesso das brasileiras a métodos contraceptivos modernos e eficazes.

Neste artigo, você vai entender:

  • O que é o Implanon

  • Como ele funciona

  • Por que a cobertura será obrigatória nos planos de saúde

  • Qual a eficácia e os benefícios desse método

  • O impacto para beneficiárias e para o SUS


O que é o Implanon?

O Implanon é um implante subdérmico contraceptivo, em formato de um pequeno bastão flexível de 4 cm de comprimento por 2 mm de diâmetro, que contém 68 mg de etonogestrel (hormônio feminino).

Ele é inserido sob a pele, na parte interna do braço, por um médico ou enfermeiro especializado, com anestesia local.


Como funciona o implante anticoncepcional?

Após a inserção, o Implanon libera pequenas doses de etonogestrel de forma contínua na corrente sanguínea. Esse hormônio atua de duas maneiras:

  • Impede a ovulação (não libera óvulos)

  • Altera a secreção do colo do útero, dificultando a entrada dos espermatozoides

A ação é prolongada, com eficácia garantida por até 3 anos.


Qual a eficácia do Implanon?

De acordo com a fabricante Organon, o implante possui 99,95% de eficácia, sendo considerado o método contraceptivo mais seguro disponível atualmente.

Um dos principais diferenciais é que ele não depende da lembrança diária, como ocorre com a pílula anticoncepcional, o que reduz drasticamente as falhas no uso.


Por que os planos de saúde serão obrigados a cobrir o Implanon?

A legislação brasileira determina que qualquer tecnologia incorporada ao Sistema Único de Saúde (SUS) deve ser incluída no rol de cobertura obrigatória dos planos de saúde em até 60 dias.

No início de julho, o Ministério da Saúde anunciou a inclusão do Implanon na rede pública, após parecer favorável da Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS).

Assim, por lei, os planos de saúde também precisarão garantir a cobertura.


Impacto para a saúde pública e beneficiárias

Segundo o Ministério da Saúde, a expectativa é distribuir 1,8 milhão de implantes até 2026, sendo 500 mil já em 2025. O investimento público será de aproximadamente R$ 245 milhões.

Na prática, a decisão significa:

  • Mais acesso a métodos contraceptivos de longa duração

  • Liberdade de escolha para as mulheres

  • Custo zero para beneficiárias de planos de saúde, já que o produto custa entre R$ 2 mil e R$ 4 mil no mercado

  • Rápido retorno da fertilidade após a remoção


Quais outros métodos contraceptivos estão disponíveis no SUS?

Além do Implanon, o SUS oferece:

  • DIU de cobre (método de longa duração)

  • Preservativos (interno e externo)

  • Anticoncepcional oral combinado

  • Pílula oral de progestagênio

  • Injetáveis hormonais mensal e trimestral

  • Laqueadura tubária

  • Vasectomia

⚠️ Apenas os preservativos oferecem proteção contra Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs).


Conclusão

A cobertura obrigatória do Implanon pelos planos de saúde é um passo significativo para ampliar o acesso das brasileiras a métodos contraceptivos modernos, seguros e eficazes.

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