
Manter um plano de saúde empresarial é, sem dúvida, um dos maiores desafios financeiros enfrentados pelas empresas atualmente. Em 2024, de acordo com dados da Kaiser Family Foundation, o custo médio anual de um plano de saúde para um colaborador foi de aproximadamente US$ 8.951, enquanto para planos familiares esse valor chegou a US$ 25.572. E o cenário no Brasil não é muito diferente: o reajuste anual dos planos empresariais tem girado entre 15% e 25%, dependendo do porte da empresa e da sinistralidade.
Diante desse cenário, muitas empresas estão em busca de alternativas para equilibrar os custos do benefício sem comprometer a qualidade da cobertura oferecida aos colaboradores. A boa notícia é que existem estratégias viáveis e eficazes para alcançar esse objetivo — e é sobre elas que vamos falar neste artigo.
Uma das soluções que vem ganhando força é a adoção de planos com coparticipação ou alta franquia (HDHP), especialmente entre pequenas e médias empresas. Esses modelos possuem mensalidades mais acessíveis e estimulam o uso consciente do plano, já que o colaborador arca com parte dos custos de consultas e exames. Nos Estados Unidos, por exemplo, os planos de alta franquia com contas de poupança para saúde (HSA) têm crescido consideravelmente e já representam mais de um terço dos contratos corporativos, justamente pelo potencial de economia a longo prazo.
Outra alternativa muito eficaz é a negociação com operadoras por redes referenciadas mais enxutas, conhecidas como “narrow networks”. Ao direcionar os colaboradores para hospitais e clínicas específicas, as empresas conseguem uma redução de até 20% no valor da mensalidade. Essa prática tem sido cada vez mais comum entre empresas de médio porte que buscam planos de saúde com bom custo-benefício, sem abrir mão de qualidade no atendimento.
Investir em programas de bem-estar e prevenção de doenças crônicas também pode impactar diretamente os custos do plano. Iniciativas como campanhas de vacinação, incentivo à prática de atividades físicas, acompanhamento nutricional e controle de doenças como hipertensão e diabetes reduzem a frequência de internações e o uso de serviços de emergência — que são os maiores vilões da sinistralidade. Empresas que investem nesse tipo de ação chegam a registrar redução de até 25% nos gastos com saúde em médio e longo prazo.
A telemedicina, que se consolidou durante a pandemia, também se mostra uma aliada poderosa na hora de reduzir custos. Consultas virtuais são mais baratas, evitam deslocamentos e ajudam a resolver problemas de saúde de forma rápida e eficiente. Hoje, cerca de 80% das grandes empresas já oferecem esse serviço integrado aos seus planos, e a adesão entre os colaboradores só cresce.
Outro ponto importante é a revisão anual do contrato e o benchmarking com outras empresas do mesmo porte e setor. Muitos gestores mantêm o mesmo plano por anos sem reavaliar se ele continua sendo competitivo, o que pode resultar em custos desnecessários. Uma análise técnica detalhada pode revelar ajustes simples — como a reorganização das faixas etárias ou a renegociação das condições com a operadora — capazes de gerar economia imediata.
Por fim, mas não menos importante, é fundamental investir na educação dos colaboradores sobre o uso consciente do plano de saúde. Quando o funcionário entende como funciona a coparticipação, o impacto de usar fora da rede credenciada ou os benefícios da prevenção, ele tende a utilizar o plano com mais responsabilidade. Isso reduz o uso desnecessário e, consequentemente, ajuda a manter o reajuste anual sob controle.
Reduzir custos com plano de saúde não significa cortar benefícios ou oferecer menos para a equipe. Pelo contrário: com planejamento, informação e o suporte de um corretor de seguros especializado, é possível manter um benefício competitivo, atrativo e que caiba no orçamento da empresa. O corretor atua como um parceiro estratégico, ajudando a analisar o perfil dos colaboradores, comparar opções de mercado, negociar com operadoras e propor soluções personalizadas. É esse acompanhamento profissional que faz toda a diferença para garantir qualidade e economia no longo prazo.